domingo, 29 de maio de 2011

E. E. CUMMINGS

E. E. Cummings, poeta americano, nascido em 14 de outubro de 1894 e falecido em 3 de setembro de 1962, foi um revolucionário da poesia, considerado um dos inventores da poesia moderna. Não usava necessariamente pontuação ou letras maiúsculas, como em seu próprio nome que assinava em minúscula: e.e. cummings.
O poema abaixo foi lido numa das cenas finais do filme "Em seu lugar".
Carrego seu coração comigo

Carrego seu coração comigo
Eu o carrego no meu coração
Nunca estou sem ele
Onde eu for, você vai, minha querida
Não temo o destino
Você é meu destino, meu doce
Não quero o mundo pois, minha linda
Você é meu mundo, minha verdade
Eis o segredo que ninguém sabe
Aqui está a raiz da raiz
O broto do broto
E o céu do céu
De uma árvore chamada vida
Que cresce mais do que a alma pode esperar
Ou a mente pode esconder
E esse é o prodigio
Que mantem as estrelas a distância
Carrego seu coração comigo
Eu o carrego no meu coração.

Lindo, não é?

BOM DEMAIS PRA SER VERDADE

Menina(o), assisti a um filme em que não acontece nada!!!
O nome é Bom Demais Pra Ser Verdade. Bom demais pra ser verdade é só o ator, Colin Firth, que é um charme, o resto, pode esperar sentado que em pé cansa.
Do jeitinho que começa, termina. Incrível! Como é que uma pessoa faz um filme assim? E o pior é que a gente assiste, esperando...
Acho que bom demais pra ser verdade era que o filme fosse bom. 

sábado, 28 de maio de 2011

ALÉM

Usando a voz de Florbela Espanca, eu digo, correndo, ainda assim, o risco de ser considerada soberba:

Ser poeta é ser mais alto, é ser maior
Do que os homens! Morder como quem beija!
É ser mendigo e dar como quem seja
Rei do Reino de Aquém e de Além Dor!

É ter de mil desejos o esplendor
E não saber sequer que se deseja!
É ter cá dentro um astro que flameja,
É ter garras e asas de condor!

É ter fome, é ter sede de Infinito!
Por elmo, as manhãs de oiro e de cetim...
É condensar o mundo num só grito!
               (...)

Porque eu (Irene) sonho, quero, desejo muito, além.
Abraçar o Universo e o Infinito.
Não me basta. Nada me basta.

sexta-feira, 27 de maio de 2011

DESTINO

Se eu fosse um poeta morto ou famoso, poderia dizer:

"Se vim ao mundo, foi
Só para desflorar florestas virgens,
E desenhar meus próprios pés na areia inexplorada!
O mais que faço não vale nada.
              (...)
Eu amo o Longe e a Miragem,
Amo os abismos, as torrentes, os desertos..." José Régio - Cântico Negro

Mas como não sou nenhum dos dois, ainda, tenho que me conformar com o meu destino pobre e pequeno e ficar calada para não parecer soberba...