pássaro preso.
Entre mãos aquecidas
me prendi.
Estou preso por gosto,
por aconchego,
que mais quentes qu’essas mãos
eu nunca vi.
Sou cativo de ti,
pássaro doce,
tão manhoso e empolgado
me rendi.
Sem tuas mãos já me sinto
sem um ninho,
pois por gosto e por carinho
me prendi.
Irene Madeiro