sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

TEU NOME


Escrito no céu,

o teu nome

paira,

perfumando o ar,

tirando o meu ar,

traduzindo amar.

Tua imagem,

miragem em meus sonhos,

atravessa os tempos,

a realidade

e mora no infinito

do meu peito

de um jeito

tão forte

que a morte

de tudo

é no fundo

impossibilidade.

Ai que saudade

do que não era,

do que não foi

e não será.

Virá um dia

sem ti,

sempre sem ti,

tão longo,

enorme,

sem fim.

Ai de mim,

a dor

sem amor

é opaca,

obscura,

sem sentido.

Virá um dia,

outros dias,

tantos

e quantos

existir

sem ti.

 
IRENE MADEIRO

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