terça-feira, 14 de dezembro de 2010

JOHN KEATS

Acabei de comprar um livro de poesias de John Keats. Você sabe quem é? Eu não sabia.

É um poeta inglês que nasceu em 1795 e morreu em 1821, com 25 anos. Ótimo poeta, por sinal. Como tudo que vem da Inglaterra, é comparado a Shakespeare, diz-se que se tivesse vivido mais o teria superado. Na minha opinião não foi necessário viver mais.
Mas, como descobri John Keats? Em um filme.
Estava lá eu, assistindo a um drama que era sobre um jovem poeta pobre que se apaixona por uma moça também pobre, e que não podem ficar juntos porque não tem como se manter naquela época. Cheio de declamações de poesias lindas, comecei a desconfiar que o filme devia ser baseado em fatos reais ou coisa parecida. Dito e feito. Quando terminou o filme que procurei saber mais, na internet, sobre o filme e o poeta, se confirmou minha suspeita.
O nome do filme, "Bright Star", é o nome de uma poesia que John fez para sua amada. A poesia foi traduzida por "Astro fulgente" ou "Estrela cintilante", mas o filme para chamar mais a atenção foi traduzido por " Brilho de uma paixão", o que foge a ideia original de seguir o nome da poesia.
Falando nela, ei-la:

Astro Fulgente

Fosse eu imóvel como tu, astro fulgente!
Não suspenso da noite com uma luz deserta,
A contemplar, com a pálpebra imortal aberta,
Monge da natureza, insone e paciente
As águas móveis na missão sacerdotal
De abluir, rodeando a terra, o humano litoral,
Ou vendo a nova máscara – caída leve
Sobre as montanhas, sobre os pântanos – da neve,
Não! mas firme e imutável sempre, a descansar
No seio que amadura de meu belo amor,
Para sentir, e sempre, o seu tranqüilo arfar,
Desperto, e sempre, numa inquietação-dulçor,
Para seu meigo respirar ouvir em sorte,
E sempre assim viver, ou desmaiar na morte.

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