terça-feira, 30 de novembro de 2010

DESPEDIDA



Naquele momento

em que eu não sabia

o que dizer para te ter mais perto,

uma solidão me bateu no peito

e uma desilusão me quebrantou

a alma.

Ao te olhar,

Eu me senti tão forte

e mesmo assim tão fraca,

que tuas palavras,

sendo mais doces,

me mudariam o mundo.

Nesse instante

em que te vais tão longe

e tua memória

ainda me queima os olhos

e tua lembrança

ainda me põe nervosa;

queria dizer,

se tu assim me ouvisses,

que teu sorriso

me alegraria a paisagem

e que um adeus,

com tom de voz sereno,

seria doce quando chegasse a hora

em que tão longe

eu não pudesse ver-te.

 
IRENE MADEIRO

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