Meu coração bate,
late,
se debate,
quer voar,
criar asas
e sair
pela boca,
pelos olhos,
pelas pontas
de meus dedos.
Meu coração latente,
de repente,
quer ser gente
e lutar.
Coração louco,
coração são,
corações são sempre
o que querem ser.
Tão grande,
tão pequeno,
acaba em si retendo,
derretendo,
o grande mundo.
Meu coração
não tem
a idade que meu corpo tem,
tem saudade,
tem mistério,
tão mais novo,
tão mais velho,
tanta coisa não se diz...
IRENE MADEIRO
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